quarta-feira, 30 de julho de 2008

A Invenção da Televisão



A televisão é um dos mais utilizados objectos no mundo. Hoje em dia não existe nenhuma casa em que não haja uma televisão ou mais, embora existisse desde 1926.

> Quem inventou a televisão?
O inventor da televisão foi John Baird , um escocês. Foi apenas a partir de 1934, quando Vladmir Zworykin, um russo a viver nos EUA, criou o iconoscópio, que surgiram as primeiras aplicações práticas. O iconoscópio permitia decompor uma imagem em milhares de pontos convertidos num sinal modulado.

> Será que a televisão tem um papel importante na sociedade actual?
Sim, a televisão tem um papel importantíssimo na sociedade actual, sendo o meio de comunicação de maior impacto junto da opinião pública.
Até ao final da II Guerra Mundial, assistiu-se ainda à era da rádio. A televisão só se expandiu definitivamente na década de 50, com a multiplicação das vendas de aparelhos. Diversificaram-se as produções (que eram ainda todas ao vivo, por imperativo de ordem técnica), aumentou o número de programas transmitidos diariamente e de horas de emissão. A rápida expansão da televisão às mais variadas regiões do mundo provocou, sem uma ruptura aparente, uma verdadeira mutação qualitativa e quantitativa dos meios de comunicação de massas. A televisão fez-se agente de uma revolução que impôs o audiovisual como uma realidade central da cultura e do quotidiano de larguíssimas camadas da população.
Como veículo de informação e instrumento lúdico, a televisão influencia a vida dos cidadãos, modela-lhes as crenças e os valores. Pelas suas características técnicas, acaba por condicionar o espectador a uma atitude de observação passiva das mensagens que recebe. Ao mesmo tempo, a própria força audiovisual dessas mensagens impõe-se de tal forma que os analistas chamam frequentemente a atenção para os perigos de manipulação que podem advir do contacto exclusivo com um meio de comunicação de massas tão imediato e, por isso, tão pouco estimulador da reflexão independente.
Mas, por outro lado, a dimensão informativa e democratizante da televisão no mundo actual não pode deixar de ser apreciada. Com a revolução das telecomunicações, ligada à utilização de cabos e satélites, multiplicaram-se as possibilidades de envio de informações à escala mundial. As populações podem manter-se informadas muito rapidamente, tanto quanto os órgãos de decisão
A televisão em Portugal
Em Portugal, a televisão deu os primeiros passos, a preto e branco, a 4 de Setembro de 1956. As emissões regulares tiveram início a 7 de Março de 1957. Nessa altura, só podia ser captada na região de Lisboa. Nos anos seguintes, a Radiotelevisão Portuguesa (RTP) chegaria ao Porto, à Madeira e aos Açores, e depois cobriria todo o território nacional, com delegações nas diversas regiões. Em 1968 tiveram início as emissões do segundo canal da RTP.
As fases da sua evolução no nosso país confundem-se com os ciclos políticos, económicos e sociais. Durante o Estado Novo, a RTP pertencia ao Estado, à Igreja e à Rádio Renascença, e era o aparelho ideológico do regime. Depois do 25 de Abril de 1974, procedeu-se à nacionalização da empresa. Foi através da RTP que o país assistiu ao maior duelo político a seguir ao 25 de Abril, durante quatro horas, a 6 de Outubro de 1975, entre o líder do PS, Mário Soares, e o líder do PCP, Álvaro Cunhal. É em 1977 que se inaugura a era das telenovelas, com a transmissão da telenovela brasileira Gabriela, que fez parar o país. A transmissão a cores começou em 1980.
Em 1992, com Cavaco Silva como primeiro-ministro, arrancaram as emissões da Sociedade Independente de Comunicação (SIC), o primeiro canal privado de televisão, e em 1993 tiveram início as da Televisão Independente (TVI), canal também privado e inicialmente de inspiração cristã. Estes canais conseguiram em pouco tempo impor mudanças no estilo da informação e da programação em geral. A transmissão da televisão por cabo surgiu em Portugal em 1994 e permitiu o aparecimento de mais canais televisivos nacionais e estrangeiros, proporcionando ao telespectador um leque mais variado de escolhas.

Poema "Enquanto quis Fortuna que tivesse"

Enquanto quis Fortuna que tivesse

Enquanto quis Fortuna que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento
Me fez que seus efeitos escrevesse.

Porém, temendo Amor que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento,
Escureceu-me o engenho co'o tormento,
Para que seus enganos não disesse

Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades! Quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,

Verdades puras são e não defeitos;
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.

Luís de Camões

terça-feira, 29 de julho de 2008

Aristóteles


Aristóteles nasceu em Estagira, na Calcídica (384 a.C. - 322 a.C.). Filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, é considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos e criador do pensamento lógico.
Ele está entre os mais influentes filósofos gregos, junto com Sócrates e Platão, que transformaram a filosofia pré-socrática, construindo um dos principais fundamentos da filosofia ocidental.
Aristóteles prestou contribuições fundantes em diversas áreas do conhecimento humano, destacando-se: ética, política, física, metafísica, lógica, psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia, história natural. É considerado por muitos o filósofo que mais influenciou o pensamento ocidental.
Por ter estudado uma variada gama de assuntos, e por ter sido também um discípulo que em muito sentidos ultrapassou seu mestre, Platão, é conhecido também como o filósofo. Aristóteles também foi chamado de o estagirita, por sua terra natal.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Poema "Se tanta pena tenho merecida"

Se tanta pena tenho merecida

Se tanta pena tenho merecida
Em pago de sofrer tantas durezas,
Provai, Senhora, em mim vossas cruezas,
Que aqui tendes uma alma oferecida.

Nela experimentai, se sois servida,
Desprezos, desfavores e asperezas,
Que mores sofrimentos e firmezas
Sustentarei na guerra desta vida.

Mas contra vosso olhos quais serão?
Forçado é que tudo se lhe renda,
Mas porei por escudo o coração.

Porque, em tão dura e áspera contenda,
ƒÉ bem que, pois não acho defensão,
Com me meter nas lanças me defenda.

Luís de Camões

Biografia de Diogo Cão (Navegador português do século XV)



Diogo Cão foi um navegador português do século XV nasceu provavelmente na região de Vila Real em data desconhecida. Enviado por D. João II, realizou duas viagens de descobrimento da costa sudoeste africana, entre 1482 e 1486. Chegou à foz do Zaire e avançou pelo interior do rio, tendo deixado uma inscrição comprovando a sua chegada às cataratas de Ielala. Estabeleceu as primeiras relações com o Reino do Congo. Em 1485 chegou ao Cabo da Cruz (actual Namíbia). Introduziu a utilização dos padrões de pedra, em lugar das cruzes de madeira, para assinalar a presença portuguesa nas zonas descobertas.

sábado, 26 de julho de 2008

Biografia do Infante D. Henrique



O Infante D. Henrique, Duque de Viseu, (Porto, 4 de Março de 1394 — 13 de Novembro de 1460) foi um príncipe português e a mais importante figura do início da era das Descobertas, também conhecido na História como Infante de Sagres ou Navegador.

O Infante D. Henrique nasceu no Porto, numa Quarta-Feira de Cinzas, dia que se considerava pouco propício ao nascimento de uma criança. Era o quinto filho do rei D. João I, fundador da Dinastia de Avis e de Dona Filipa de Lencastre.
O infante foi baptizado alguns dias depois do seu nascimento, tendo sido o seu padrinho o Bispo de Viseu. Os seus pais deram-lhe o nome Henrique possivelmente em honra do seu avô materno, o duque Henrique de Lencastre.
Pouco se sabe sobre a vida do infante até aos seus catorze anos. O infante e os seus irmãos (a chamada Ínclita geração) tiveram como aio um cavaleiro da Ordem de Avis.
Em 1414, convenceu seu pai a montar a campanha de conquista de Ceuta, na costa norte-africana junto ao estreito de Gibraltar. A cidade foi conquistada em Agosto de 1415, abrindo para o Reino de Portugal as portas ao domínio do comércio que aquele porto exercia.
Em 1415, foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Duque de Viseu e Senhor da Covilhã. A 18 de Fevereiro de 1416, foi encarregado do Governo de Ceuta. Cabia-lhe organizar no reino a manutenção da Praça marroquina.
Em 1418, regressou a Ceuta na companhia de D. João, seu irmão mais novo. Os Infantes comandavam uma expedição de socorro à cidade, que sofreu nesse ano o primeiro grande cerco, imposto conjuntamente pelas forças dos reis de Fez e de Granada. O cerco gorou-se e D. Henrique tentou de imediato atacar Gibraltar, mas o mau tempo impediu-o de desembarcar: manifestava-se assim uma vez mais a temeridade e fervor anti-muçulmano do Infante. Ao regressar a Ceuta recebeu ordens de D. João I, para não prosseguir tal empreendimento, pelo que voltou para o reino nos primeiros meses de 1419. Montou por esta época uma armada de corso, que actuava na zona do estreito de Gibraltar a partir de Ceuta. Dispunha, de mais uma fonte de rendimentos e muitos dos seus homens habituaram-se, assim, ao mar. Alguns deles seriam desviados, mais tarde, para outras viagens em direcção a novos destinos.
Em 1419-1420 alguns dos seus escudeiros, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, desembarcaram então nas ilhas do arquipélago madeirense, que já era visitado por navegadores portugueses desde o século anterior. As ilhas revelaram-se de grande importância produzindo grandes quantidades de cereais, minimizando a escassez que afligia Portugal. O arquipélago foi doado a D. Henrique pelo rei D. Duarte, sucessor de D. João I, em 1433.
Em 25 de Maio de 1420, D. Henrique foi nomeado dirigente da Ordem de Cristo, que sucedeu à Ordem dos Templários, cargo que deteria até ao fim da vida. No que concerne ao seu interesse na exploração do Oceano Atlântico, o cargo na Ordem foi também importante ao longo da década de 1440. Isso se deve ao fato da Ordem controlar vastos recursos, o que ajudou a financiar a exploração, a verdadeira paixão do príncipe.
Em 1427, os seus navegadores descobriram as primeiras ilhas dos Açores (possivelmente Gonçalo Velho). Também estas ilhas desabitadas foram depois colonizadas pelos portugueses,
Até à época do Infante D. Henrique, o Cabo Bojador era para a Europa o ponto conhecido mais meridional na costa de África. Gil Eanes, que comandou uma das expedições, foi o primeiro a passá-lo, em 1434, eliminando os medos então vigentes quanto ao desconhecido que para lá do Cabo se encontraria.
Aquando da morte de D. João I, o seu filho mais velho (e irmão de D. Henrique), D. Duarte subiu ao trono, e entregou a este um quinto de todos os proveitos comerciais com as zonas descobertas bem como o direito de explorar além do Cabo Bojador.
O reinado de D. Duarte durou apenas cinco anos, após o qual, D. Henrique apoiou o seu irmão D. Pedro na regência, durante a menoridade do sobrinho D. Afonso V, recebendo em troca a confirmação do seu privilégio. Procedeu também, durante a regência, à colonização dos Açores.
Com uma nova embarcação, a caravela, as expedições sofreram um grande impulso. O Cabo Branco foi atingido em 1441 por Nuno Tristão e Antão Gonçalves. A Baía de Arguim em 1443, com consequente construção de um forte em 1448.
Dinis Dias chega ao Rio Senegal e dobra o Cabo Verde em 1444. A Guiné é visitada. Assim, os limites a sul do grande deserto do Saara são ultrapassados. A partir daí, D. Henrique cumpre um dos seus objectivos: desviar as rotas do comércio do Saara e aceder às riquezas na África Meridional. Em 1452 a chegada de ouro era em suficiente quantidade para que se cunhassem os primeiros cruzados de ouro.
Entre 1444 e 1446, cerca de quarenta embarcações saíram de Lagos. Na década de 1450 descobriu-se o arquipélago de Cabo Verde. Data dessa época a encomenda de um mapa-múndi do velho mundo a Fra Mauro, um monge veneziano.
Em 1460 a costa estava já explorada até ao que é hoje a Serra Leoa.
Entretanto, D. Henrique estava também ocupado com assuntos internos do Reino. Julga-se ter patrocinado a criação, na Universidade de Coimbra de uma cátedra de astronomia.
Foi também um dos principais organizadores da conquista de Tânger em 1437, que se revelou um grande fracasso, já que o seu irmão mais novo, D. Fernando (o Infante Santo) foi lá capturado e aprisionado durante 11 anos, até falecer. A sua reputação militar sofreu um revés e os seus últimos anos de vida foram dedicados à política e à exploração.
O Infante D. Henrique foi uma personagem muito intrigante, com um certo mistério e muitos segredos. Também os seus motivos e os objectivos das suas navegações têm sido amplamente discutidos e diferenciados, mas, sem dúvida, foi o grande condutor da expansão ultramarina portuguesa e europeia.

Poema "Quem pode livre ser, gentil Senhora"

Quem pode livre ser, gentil Senhora,

Quem pode livre ser, gentil Senhora,
Vendo-vos com juízo sossegado,
Se o Menino que de olhos é privado
Nas meninas de vossos olhos mora?

Ali manda, ali reina, ali namora,
Ali vive das gentes venerado;
Que o vivo lume e o rosto delicado
Imagens são nas quais o Amor se adora.

Quem vê que em branca neve nascem rosas
Que fios crespos de ouro vão cercando,
Se por entre esta luz a vista passa,

Raios de ouro verá, que as duvidosas
Almas estão no peito trespassando
Assim como um cristal o Sol trespassa.

Luís de Camões

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Jeanne d’Arc


Nome: Jeanne d’Arc
Nacionalidade: Francesa

Jeanne d’Arc nasceu a 6 de Janeiro de 1412.
Era uma capitã militar que lutou contra os borguinhões e os seus aliados, os ingleses, teria provavelmente nessa altura 17 anos.
Foi presa a 23 de Maio de 1430, onde ficou numa sela escura até ano 1431.
Jeanne foi queimada viva a 30 de Maio de 1431 com apenas 19 anos.
Depois da sua morte, “era o fim da heroína francesa”, e em 1920 foi declarada santa pelo Papa Bento XV.